A Informática na Visão de um Leigo
Ainda lembro do meu deslumbramento quando, após digitar o texto no Telex (sim, isso existiu!), o funcionário de uma agência bancária em São Paulo me respondeu com uma saudação cordial.
Eu tinha 15 anos e aquele era meu primeiro emprego como escriturário em um banco. O ano era 1989. E, aquela tecnologia me chocou e eu percebi que tinha o mundo aos meus pés. Com 15 anos, na minha época, não era necessário muito para empolgar os adolescentes.
Aos 25 anos, eu conversava em "salas de bate-papo" do ZAZ, que depois virou Terra, e depois virou...virou o que mesmo? Sei lá, só sei que eu entrava em grupos de pessoas que tinham o mesmo interesse e assim fiz muitas amizades...algumas mantenho até hoje.
Virei pai e um dia levei minha filha à um museu onde havia um Telex exposto e ao explicar (empolgado) a ela como funcionava, ela riu e eu me senti um dos dinossauros que estavam na exposição ao lado.
Se eu pudesse voltar no tempo e dizer àquele garoto de 1989, tenho certeza que ele iria entrar em choque quando eu dissesse que hoje eu me comunicaria em um negócio chamado celular, se eu explicasse sobre os aplicativos que me ajudam a me comunicar, localizar, fazer transações bancárias, malhar...
Talvez o choque dele somente fosse menor do qual o Allan de hoje sentiria se encontrasse o Allan do futuro, e esse dissesse o que a tecnologia nos reserva para daqui a 30 anos.
A evolução é uma constante, nada para o tempo e a cada dia novas tecnologias são desenvolvidas, cabe a nós (sejamos leigos ou não) tentarmos nos atualizar ao máximo para não ficarmos para trás, seja profissionalmente ou em nosso dia a dia.
Quanto a mim, bem... Eu ganhei um drone de presente e me deslumbrei da mesma forma que aquele menino de 1989 ao ver o colega paulista responder sua mensagem no Telex.
Existem pessoas que permanecem crianças pra sempre.
Allan Marinho
Empresário e professor